Grupo de Apoio ao Tabagista auxilia pessoas a abandonarem o vício de fumar

O Grupo de Apoio ao Tabagista de Rolante (GAT), coordenado pela enfermeira Adriana Góis da Silva, juntamente com a médica Camila Tubelo, reuniu a primeira turma de 2019 no Posto de Saúde do Alto Rolantinho, com o auxílio da coordenadora da Unidade Básica de Saúde da localidade, enfermeira Glécia Linden, e dos agentes comunitários de saúde, que fizeram o convite na comunidade.
Fumar é um vício difícil de ser abandonado, ainda mais quando ele acompanha a pessoa desde a adolescência, o que é o caso de grande parte dos tabagistas.
Por este motivo, o GAT é tão importante para auxiliar quem decide parar de fumar. No Alto Rolantinho o grupo se reuniu a primeira vez no dia 10 de janeiro e conta  com 12 integrantes, homens e mulheres com idades entre 37 e 55 anos.
Nesta quinta-feira, 31, foi realizado o quarto encontro, de um total de oito que acontecerão. Na oportunidade, contou com a presença da nutricionista Ana Paula Santos, que deu várias dicas de alimentação saudável, falou sobre alimentos que ajudam a "piorar" o sabor do cigarro, como leite e iogurte, legumes antioxidantes e a forma de cozinhá-los para manter os nutrientes, como intuito de auxiliar os participantes neste processo de parar de vez com o consumo do tabaco.

Cada grupo tem duração de três meses, sendo o primeiro mês com encontros semanais, segundo mês com encontros quinzenais e no terceiro é realizado encontro mensal.
Os encontros acontecem nas quintas-feiras, com duração de duas horas, das 13h30 às 15h30. Logo no primeiro encontro, os integrantes do grupo são avaliados individualmente, para ver se precisam ou não de medicação ou adesivo e, caso haja necessidade de medicação, a médica define qual é a mais indicada para cada pessoa.
O atendimento proporcionado pelos profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Rolante é totalmente gratuito, assim como medicações e material de apoio utilizados, que são fornecidos pelo Ministério da Saúde.
Segundo a enfermeira Adriana, são formados novos grupos a cada três meses, sempre em localidades diferentes, conforme a demanda.
Interessados em participar do GAT devem solicitar uma ficha de inscrição na Unidade Básica de Saúde onde são atendidos.

 


Doença paterna motivou Diana a participar do GAT
A diarista Diana Cristina Becker, 44 anos, fuma desde os 12 anos de idade. Conta que começou a fumar para se sentir parte da turma de amigos na escola onde estudava. Antes de começar a participar dos encontros do GAT fumava 60 cigarros por dia e agora conta, orgulhosa, que fuma no máximo oito. "Até o fim dos encontros eu vou ter parado totalmente com o cigarro e nunca mais vou fumar", fala Diana, mostrando-se decidida.
A motivação de Diana para largar o vício que a acompanha há 32 anos foi ver o próprio pai morrer em função de um enfisema pulmonar, aos 69 anos de idade, mas, aliado aos problemas ocasionados pela doença causada pelo tabagismo, aparentava cerca de 85 anos. Meu pai começou a fumar com oito anos e fumou até o fim da vida. Não quero este sofrimento para mim", fala Diana.
Fumar é um dos vícios mais nocivos à saúde, podendo causar cerca de 50 tipos diferentes de doenças, como enfisema pulmonar e bronquite, infarto e acidente vascular cerebral (AVC), impotência sexual, doenças reumáticas, úlceras gástricas, alterações visuais, alterações de memória, complicações na gravidez, câncer de bexiga, câncer de pulmão, entre outras.