Bonecas e carrinhos ainda são a maioria dos pedidos nas cartinhas para o Papai Noel

A tecnologia tomou conta do dia a dia do mundo, seja nas grandes ou nas pequenas cidades. As crianças parecem que já nascem sabendo usar celulares, tablets e qualquer outro tipo de "brinquedo" eletrônico da atualidade. Sim, tudo isto é verdade, mas não a verdade de muitos que vivem não apenas em grandes cidades, mas aqui mesmo, em Rolante.
As visitadoras do Criança Feliz e Primeira Infância Melhor, programas vinculados à Secretaria Municipal de Assistência Social, Habitação e Participação Popular, Micaeli Bielefeldt  e Fernanda Schmidt dos Santos, supervisionadas por Alessandra Bride, depararam-se com crianças que vivem uma realidade bem diferente.
Ao longo deste ano, atendendo famílias do centro, Rio Branco, Canto dos Cardoso, Rolantinho, Alto Rolantinho, Colônia Monge e Alto Rolante, durante as visitas domiciliares perceberam a imensa dificuldade financeira das famílias e decidiram realizar um projeto de adoção de cartinhas para o Papai Noel, tendo como objetivo proporcionar um Natal mais feliz e simbólico para as crianças e familiares, valorizando a solidariedade e o espírito natalino.
Micaeli e Fernanda recolheram as cartinhas durante visitas realizadas no mês de novembro e decidiram fazer uma campanha em suas redes sociais, com o intuito de sensibilizar e mobilizar amigos e pessoas da comunidade.
A ideia deu certo e, no dia 11 de dezembro, com o auxílio da Secretaria de Assistência Social, através do secretário Luciano Altneter (Nico) e dos demais colegas da equipe da Secretaria, conseguiram atender aos pedidos feitos para o Papai Noel que, na maioria, eram bonecas e carrinhos. 
Segundo a coordenadora do CRAS Harmonia, Andréia Valandro, foram atendidas cerca de cem cartinhas, contendo pedidos de carrinhos, bonecas, bolas e, até mesmo, roupas. Os presentes foram entregues tanto para as crianças atendidas no Criança Feliz e no PIM quanto às demais crianças destas famílias.
"Entregar os presentes e ver a felicidade das crianças foi uma mistura de alegria e emoção", conta Micaeli.
Certamente o Natal será diferente para estas famílias por terem sido envolvidas numa grande rede de solidariedade. A alegria de ganhar um brinquedo novo ou uma roupinha diferente não resolverá a vida das crianças. Mas, com certeza, fará a diferença na vida de quem realmente se importa em ajudar o próximo que, muitas vezes, está mais próximo do que se imagina, não apenas nas reportagens de cidades distantes que se vê nos grandes telejornais.
O projeto encerrou no dia 11 de dezembro, com a entrega dos presentes, mas a solidariedade deve ser permanente na vida e nos corações de cada pessoa da comunidade rolantense e de todos os lugares onde alguém precisar de ajuda.

Fotos: Secretaria de Assistência Social