Em Rolante, há 21 anos "Tá Rolando Arte"

O Festivale comemora 25 anos em 2018, isto já foi dito. Mas será que os rolantenses sabem que ali, correndo na volta, o Grupo Teatral Tá Rolando Arte, formado por artistas rolantenses, já vai fazer 21 anos de existência neste ano?
Motivados pelos espetáculos que assistiam no Festivale e com uma vontade imensa de levar um tipo diferente de cultura à comunidade, em 1997 alguns jovens solicitaram apoio da Prefeitura de Rolante para que pudessem montar um grupo de teatro e foram atendidos. Em julho daquele ano, a administração municipal contratou o ator e diretor Marcelo Aquino para ministrar oficinas de teatro na cidade e, em outubro, o Grupo fez a estreia de parte de seu primeiro espetáculo "A História é uma Istória", sob direção de Marcelo Aquino.
A primeira formação do Tá Rolando Arte era composta pelos seguintes atores: Cássia Souza, Daniel Morais, Adriana Bonfanti, Jean Carlos da Rosa, Karine de Souza, Leilla Silva,Lisette Borsatto, Luciano Rauber, Marcos Moraes, Maria Ângela Flesch, Raquel Fischborn e Rita Scaratti.
É claro que, ao longo de todos estes anos, muitos artistas passaram pelo grupo. Mas cada um deixou alguma contribuição positiva para que o Tá Rolando Arte enfrentasse os desafios que surgiram no meio do caminho e conquistasse 79 prêmios em diversos festivais dos quais participou no Rio Grande do Sul e no Paraná.
Nesta trajetória, o grupo realizou nove espetáculos e duas esquetes, sendo contemplado nos seguintes projetos: Emancipar - Projeto Valorização das Pessoas, da Secretaria de Estado da Cultura, no Programa Estruturante do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, em 2010; Fundo de Apoio à Cultura (FAC) em 2012; Fundo Municipal de Cultura, nos anos de 2014 e 2015 e recentemente recebeu a notícia de que teve a aprovação no FAC, sendo contemplado com R$ 60 mil para apresentação do espetáculo "O sonho detrás das nuvens" em oito municípios gaúchos: Riozinho, Caraá, Araricá, Bom Jesus, Dom Feliciano, Santa Maria do Herval, São Francisco de Paula e Sapiranga, com um intérprete de libras, pois o espetáculo será  apresentado para uma plateia formada por pessoas com deficiência auditiva.
Em 21 anos de história, além dos prêmios que orgulham os integrantes do grupo, destaca-se, também, a formação da Associação Cultural Tá Rolando Arte, em 2007, presidida por Márcio Leandro de Oliveira, que possibilitou a viabilização de trabalhos e parcerias.
Outro fator muito importante é que em 2017 o Tá Rolando Arte passou a ser um Grupo de Teatro profissional, tendo em vista que todos os atores têm registro de ator.
A formação atual é composta por Joyce Reis, Marcela Oliveira, Márcio Oliveira, Raí Luiz Bonalume e Rita Scaratti.
Quando questionados sobre o que o teatro representa na vida dos atores do Tá Rolando Arte, faltam palavras e sobram emoções, pois o amor a esta arte salta aos olhos e se traduz em lágrimas de emoção, um nó na garganta, que dá aquela "engasgadinha" na hora de falar e termina em belíssimos espetáculos apresentados ao público.
Nenhum dos integrantes do grupo vive do teatro, nenhum deles consegue se manter através desta paixão. Mas paixão não é racional, é para ser vivida e eles vivem intensamente esta paixão que já dura 21 anos na vida da Rita. Talvez nem todos saibam seu sobrenome, mas sabem que é a "Rita do teatro", a "Rita do Tá Rolando Arte". A atriz carrega este "título" com bastante orgulho e, com a parceria do amigo e colega Márcio Oliveira, que mesmo morando em Novo Hamburgo, viajando bastante em função do trabalho, nunca saiu do grupo desde que ingressou em 1998. Rita e Oliveira nunca deixaram que o grupo terminasse desde que foi criado.
Em Rolante, teatro é sinônimo de cultura sim, mas vai além disto. Teatro é vida, é doação, é alegria, é luta, é, muitas vezes, discussão, é frio na barriga a cada apresentação. Enfim, é pura emoção.
Nos 25 anos do Festivale, o Tá Rolando Arte vai apresentar o Espetáculo Infantil "O sonho detrás das nuvens", na quarta-feira, 27, às 9h30, e no sábado, 30, às 20h, vai estrear a esquete "As alegres meninas", sob direção de Rodrigo Azevedo. Não dá para perder.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  Créditos: Acervo/Grupo Tá Rolando Arte                                                                                                                                                                       Créditos: Sandra Both