Agentes de saúde de Rolante entram na luta contra o Aedes Aegypti

A Prefeitura de Rolante, através da Secretaria Municipal de Saúde, realiza um trabalho de prevenção à Dengue e ao mosquito vetor da doença, o Aedes Aegypti, desde 2010, com 22 armadilhas instaladas no município, com o auxílio da Funasa. 

No entanto, em função do surgimento de novas doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti no Brasil, como a Zyka e a chikungunya, o trabalho de prevenção foi intensificado pela Vigilância Epidemiológica, coordenada por Zildonei da Rosa, através da atuação dos 30 agentes comunitários de saúde de Rolante que, desde a semana passada, estão dedicando 20 horas semanais de trabalho para visitar as famílias de suas áreas de cobertura para orientá-las corretamente sobre os procedimentos que devem tomar para evitar o surgimento de focos do mosquito no município.

Na última terça-feira, 2, o coordenador geral de Fiscalização, Odacir Colombo, e Zildonei da Rosa acompanharam o trabalho das agentes de saúde Cíntia de Brito e Dalva Faistauer, visitaram as residências de Ingrid Sniedze, na Linha Reichert, e de Jackson dos Santos, no Beco dos Faistauer, orientando-os sobre a necessidade de efetuar a higiene do pátio e não deixar nenhum recipiente com água acumulada (sacola plástica, tampa de garrafa, pneus, garrafas, casca de ovo ou de frutas, etc).

“Uma vez por semana são coletadas larvas nas armadilhas e encaminhadas ao Laboratório Central do Estado (LACEN-RS). Nunca encontramos larvas do Aedes Aegypti em Rolante. A ação de cada um é muito importante. O resultado depende do trabalho dos agentes de saúde, Vigilância Epidemiológica e a comunidade”, comenta Zildonei da Rosa. 

É importante lembrar a necessidade de as gestantes fazerem o pré-natal adequadamente. 

Os agentes comunitários de saúde estão realizando visitas domiciliares para a prevenção do Aedes Aegypti no Município para averiguação de compartimentos onde a larva possa se produzir, afim de que não haja focos de mosquito em Rolante.  

Estão sendo verificados os seguintes itens:

Terrenos baldios;

Pratos e vasos;

Lixeiras dentro e fora de casa;

Plantas com acúmulo de água (exemplo: bromélias, plantas aquáticas);

Tampinhas de garrafa;

Casca de ovos, latinhas;

Saquinhos plásticos;

Embalagens de vidros;

Copos descartáveis ou qualquer outro objeto que acumule água;

Entulhos de lixo;

Materiais em uso que podem acumular água (exemplo: aquários);

Caixas d’água destampadas;

Vasos sanitários em desuso, ralos de cozinha;

Ralos de banheiros, duchas e áreas externas;

Bandejas externas de geladeiras;

Suportes de garrafão de água mineral;

Lagos, cascatas;

Espelhos d’água decorativos;

Piscinas em desuso ou não tratadas;

Piscinas em uso;

Pneus velhos e abandonados;

Lajes;

Calhas de água de chuva em desnível;

Garrafa PET e de vidro;

Cacos de vidros nos muros.

 

Pessoas com manchas vermelhas/ lesões na pele; febre de início rápido; dor nas articulações, olhos avermelhados, procure atendimento da Equipe de Estratégia de Saúde da Família.

 

Diferenças entre a Dengue, Chikungunya e Zika

Além de serem transmitidas pelo mesmo mosquito, a dengue, a chikungunya e a zika são doenças que apresentam alguns sintomas semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico. Entretanto, pequenas diferenças existem e podem ser usadas como critério para a diferenciação.

A dengue é, sem dúvidas, a doença mais grave quando comparada à chikungunya e à zika. Ela causa febre, dores no corpo, dores de cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição. Em casos mais graves, a dengue pode provocar hemorragias, que, por sua vez, podem ocasionar óbito.

A chikungunya também causa febre e dores no corpo, mas as dores concentram-se principalmente nas articulações. Na dengue, as dores são predominantemente musculares. Alguns sintomas da chikungunya duram em torno de duas semanas; todavia, as dores articulares podem permanecer por vários meses. Casos de morte são muito raros, mas a doença, em virtude da persistência da dor, afeta bastante a qualidade de vida do paciente.

Por fim, temos a febre zika, que é a doença que causa os sintomas mais leves. Pacientes com essa enfermidade apresentam febre mais baixa que a da dengue e chikungunya, olhos avermelhados e coceira característica. Em virtude desses sintomas, muitas vezes a doença é confundida com alergia. Normalmente a zika não causa morte, e os sintomas não duram mais que sete dias. Vale frisar, no entanto, que a febre zika relaciona-se com uma síndrome neurológica que causa paralisia, a Síndrome de Guillain-Barré, e também com casos de microcefalia.

O tratamento da dengue, chikungunya e zika é praticamente o mesmo, uma vez que não existem medicamentos específicos para nenhuma dessas enfermidades. Recomenda-se que o paciente, nos três casos, permaneça em repouso e beba bastante líquido. Alguns medicamentos são indicados para dor, mas não se deve fazer uso de remédios que contenham ácido acetilsalicílico, pois eles podem desencadear hemorragias.

Não existem vacinas contra as doenças citadas no texto. Assim sendo, a melhor forma de prevenir-se é pela destruição dos locais propícios à multiplicação do mosquito Aedes, garantindo sempre que não haja acúmulo de água parada.

Fonte: Site Mundo Educação – Doenças Virais